Houve um ritmo no meu sono
Houve um ritmo no meu sono,
Quando acordei o perdi.
Porque saí do abandono
De mim mesmo, em que vivi?
Não sei que era o que não era.
Sei que suave me embalou,
Como se o embalar quisera
Tornar-me outra vez quem sou.
Houve uma música finda
Quando acordei de a sonhar.
Mas não morreu: dura ainda
No que me faz não pensar.