Quadras ao gosto popular - Vem cá dizer-me que sim
Vem cá dizer-me que sim.
Ou vem dizer-me que não.
Porque sempre vens assim
P’ra ao pé do meu coração.
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Vem cá dizer-me que sim.
Ou vem dizer-me que não.
Porque sempre vens assim
P’ra ao pé do meu coração.
Boca de riso escarlate
Com dentes brancos no meio,
Meu coração bate, bate,
Mas bate por ter receio.
O manjerico comprado
Não é melhor que o que dão.
Põe o manjerico ao lado
E dá-me o teu coração.
Teu xaile de seda escura
É posto de tal feição
Que alegre se dependura
Dentro do meu coração.
Sangra-me o coração. Tudo que penso
A emoção mo tomou. Sofro esta mágoa
Que é o mundo imoral, regrado e imenso,
No qual o bem é só como um incenso
Que cerca a vida, como a terra a água.
Pálida, a Lua permanece
No céu que o Sol vai invadir.
Ah, nada interessante esquece.
Saber, pensar — tudo é existir.
Meu coração tardou. Meu coração
Talvez se houvesse amor nunca tardasse;
Mas, visto que, se o houve, o houve em vão,
Tanto faz que o amor houvesse ou não.
Tardou. Antes, de inútil, acabasse.
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